Sunday, January 21, 2007

Fiama, o olhar total

Tantos poetas morreram, em minha vida,
antes de mim, não só no sangue ou só na carne,
mas na portuguesa língua.
Deles fica a obra que fizeram.
Todavia vocábulos, para sempre
insonoros, ou no futuro incriados,
demonstram que os poetas todos
morrem sempre mais na língua.
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Fiama Hasse Pais Brandão, Cenas Vivas, Lisboa, Relógio d'Água, 2000.
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(Não fui lá, como há anos prometi que iria, porque não fazia sentido já que fosse.)

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