Saturday, June 15, 2013

Três palavras nuas



Perder-te e não ganhar o pão
da escrita
a massa lêveda de um dia
em moedas certas para o
desacerto
abro a página e leio
o branco dos dedos
no vagar da tua mão presa
à fivela de um nome
que já não há
canto meu amor a dor
que não é minha e o medo
que te pertence a ti
no desenho inútil
de três palavras
nuas
vou morrer de mim
como no verso do herberto
e da tua morte
cantada antes
da voz.

1 Comments:

At June 16, 2013 10:46 AM, Blogger Unknown said...

Ora aí está um belo poema. Um poema a caminho da perfeição. Valeu a pena ter-me preocupado consigo. Mas era desnecessária a referência explícita a Herberto. O leitor não é estúpido, mesmo que nunca tenha lido o Herberto. Se fosse para a desancar novamente não teria voltado, mas assim não resisti. As minhas desculpas por ter faltado à palavra, mas agora vou-me definitivamente. Também tenho mais que fazer, não é verdade?
Anonymous

 

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