Monday, August 27, 2007

Sete rosas mais cedo

Numa sala da biblioteca Vergílio Ferreira, em Gouveia, e por isso um pouco mais perto de Eduardo Prado Coelho e de algumas das palavras que ele tanto amou. Há já alguns anos, num colóquio em Sintra sobre a obra do autor de Para Sempre, ouvi-o falar sobre a alma da fotografia na obra de Vergílio e creio que as pessoas que lá estavam se lembrarão ainda desse momento de puro encantamento em que não o ouvimos falar bem a ele, mas a Vergílio Ferreira através dele, ou se calhar a nenhum dos dois, mas ao espírito daquilo que nos faz amar a literatura e o seu imperceptível rumor.
Alguns anos mais tarde li as palavras que Eduardo Prado Coelho escreveu no seu Fio do Horizonte sobre um dos filmes da minha vida, In the mood for love, do Kar-Wai, e que me levaram, não sei bem se elas ou o filme depois delas, à sessão do meio-dia no Saldanha durante quatro dias seguidos. Neste momento em que me apetece recordá-lo, mais do que os momentos de convívio pessoal, são estes aqueles que involuntariamente lembro e assim é que deve estar certo.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home