Tuesday, September 26, 2006

Já tinha ouvido falar de certos olhos que são como um aquário onde vivem peixes verdes, mas não sabia que o verde podia ser também a cor do fogo. Saber até sabia, mas as cores também tombam, como os frutos não colhidos, ainda para mais se é o fogo a tombá-las. Mas o que eu desconhecia mesmo era o modo como o verde pode arder sob a pele, primaverando de um pulo veias e sinais. Que farei, quando tudo arde? Se calhar começar por dar corda ao relógio, parado desde as sete, esgotado e imóvel no coração do tempo, como um peregrino recém-chegado ao seu destino.

1 Comments:

At October 20, 2006 7:31 PM, Anonymous Anonymous said...

O regresso dos peregrinos é uma sede saciada, é um cansaço descansado. Quando tudo arde, ou se mergulha no lago, correndo o risco de afogamento, ou se faz um contra-fogo que nos salve. E se for verde, é esperança!

 

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