os-tres-caminhos: os-tres-caminhos
O que o Fernando Guimarães não disse, ou disse sem dizer, é que o caminho um é realmente o primeiro, que o outro em relação ao um é normalmente o segundo e que o terceiro não pode deixar de ser o último de todos. E por várias razões, inexpugnáveis como um dia de sol, como disse o outro: porque, regra geral, começamos todos por querer caminhar muito, agigantando o passo, e ignorando que o nosso destino é de facto o círculo; porque a vida, queiramos ou não, converte sempre o nosso caminho em destino, mesmo depois de termos aprendido que o beco sem saída é equivalente ao percurso do círculo, embora se chegue lá mais depressa (não porque caminhemos de outro modo , mas porque sabemos mais acerca da inutilidade do caminhar). O último de todos é afinal apenas um ponto, é a nossa definitiva pertença a um espaço sem trajecto visível por diante. Se calhar porque sabemos infinitamente mais.Ou menos.
1 Comments:
O que o Fernando Guimarães não disse, nem podia dizer, é tudo aquilo que a Isabel Cristina tem dito neste blogue tão delicioso. Porque falta-lhe, a ele, a paleta de femininos sentimentos que têm colorido este blogue, ora numa explosão cromática, ora em cinzentos tristes - mas permitindo desvendar muitos mais caminhos do que os avistados quando se aproximava a encruzilhada.
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